Nome de Registro: Elis Regina Carvalho Costa
Apelido: (Pimentinha)
Data do Nascimento: 17 de março de 1945
Data do Falecimento: 19 de janeiro de 1982
Profissão: Cantora
Local do Nascimento: Porto Alegre, Rio Grande do Sul/Brasil
Local da Morte: São Paulo/ Brasil
Idade: 36 anos
Causa Mortis: Overdose acidental
Considerada uma das maiores cantoras da MPB, Elis começou a sua carreira aos onze anos de idade em um programa de rádio, revelando enorme precocidade. Aos 16 anos lançou o seu primeiro disco. Seu genero musical era focado na: Bossa-nova, MPB e Samba. Elis Regina criticou muitas vezes a ditadura brasileira, quando muitos músicos foram perseguidos e exilados. A crítica tornava-se pública em meio às declarações ou nas canções que interpretava. Elis só não foi presa pelo regime militar, devido a sua popularidade, mas foi obrigada a cantar o Hino Nacional durante um espetáculo, em um estádio de futebol. Sempre engajada politicamente, Elis participou de uma série de movimentos de renovação política e cultural brasileira, com voz ativa da campanha pela Anistia de exilados brasileiros.
Envolveu-se com tudo de forma radical - com a música, com a política, com a vida. Maldita para muitos, Elis tinha sempre a frase certeira, a mente afiada, propósitos firmes: "Cara feia pra mim é bode... Sou mais ardida que pimenta!".
Elis, lançou boa parte dos compositores, até então desconhecidos, como Milton Nascimento, Renato Teixeira, Tim Maia, Gilberto Gil, João Bosco e Aldir Blanc, Sueli Costa, entre outros.
No auge de sua carreira, aos 36 anos de idade, as luzes do palco se apagaram,e o futuro de Elis terminava no quarto do seu apartamento.
Os últimos momentos de vida de Elis Regina foram tensos, com discussões ao telefone e regados de álcool e droga. Após a separação do músico César Camargo Mariano, a cantora passou por um período de romances fugazes, até que estabeleceu uma relação sólida com o advogado Samuel Mac Dowell, com quem construiu planos de casamento. Elis Regina tinha planos de entrar em estúdio nos próximos dias, para gravar o seu novo disco, já com repertório definido. Jantou com amigos músicos e com o namorado. Nada fazia crer que ela vivia os seus últimos momentos. No fim da noite, já os amigos tinham ido embora, discutiu com seu namorado Samuel, e despediram-se em clima de rancor - com a briga, a cantora entrou em depressão, bebendo toda a noite. Sem dormir, pela manhã atendeu a um telefonema do namorado, pôs-se então, a discutir com ele. Enquanto falava, consumia Campari e cocaína, até que o seu coração não agüentou. Elis Regina silenciou a voz, não só ao telefone, como para a vida. Diante do silêncio repentino, Samuel Mac Dowell, do outro lado da linha, percebeu que alguma coisa de muito grave acontecera. Deixou o seu escritório e rumou para o apartamento da cantora. Foi encontrá-la trancada no quarto, sem responder aos chamados. Desesperado, derrubou a porta do quarto, encontrando-a caída, com o telefone fora do gancho. Elis, foi levada de táxi para o Hospital das Clínicas, mas já estava sem vida. Faleceu vítima de overdose de cocaína, tranquilizantes e bebida alcoólica.
Deixou tres filhos: João Marcelo Bôscoli, filho do casamento com o músico Ronaldo Bôscoli, e de Pedro Camargo Mariano e Maria Rita, filhos do pianista César Camargo Mariano.
Elis Regina, Está sepultada no Cemitério do Morumbi.
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